A confusão entre HIV e AIDS ainda é bastante comum, e entender a diferença pode fazer toda a diferença na vida de quem convive com o vírus e de quem deseja se proteger. HIV é o vírus da imunodeficiência humana, enquanto AIDS é a síndrome causada por esse vírus. E aqui está a questão: ter HIV não significa, necessariamente, desenvolver AIDS.
Como o HIV é transmitido?
O HIV é transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas (vaginal, anal ou oral), compartilhamento de objetos perfurantes contaminados, como seringas, ou de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação. Esses são os principais meios de contágio. Muitas vezes, os sintomas iniciais podem passar despercebidos, pois são semelhantes aos de uma gripe, como febre e mal-estar.
Após o contágio, o vírus ataca o sistema imunológico, mais especificamente os linfócitos T-CD4+, células essenciais para a defesa do organismo. Com o tempo, o corpo se torna incapaz de combater infecções, e é nesse ponto que a AIDS pode se manifestar. No entanto, muitas pessoas convivem com o vírus por anos sem desenvolver a doença.
Tratamento e qualidade de vida
Atualmente, não existe uma cura definitiva para o HIV, mas isso não impede que as pessoas soropositivas levem uma vida saudável. O tratamento com antirretrovirais, conhecido como “coquetel”, controla a replicação do vírus, evitando o enfraquecimento do sistema imunológico. A adesão ao tratamento é crucial para manter a qualidade de vida e, especialmente, para evitar que o vírus se torne resistente aos medicamentos.
Com o acompanhamento médico adequado, quem vive com HIV pode ter uma vida longa e produtiva, sem abrir mão de sua vida social ou afetiva. Inclusive, uma pessoa em tratamento com carga viral indetectável não transmite o vírus por via sexual – uma informação revolucionária no combate ao estigma.
Prevenção é o melhor caminho
A forma mais eficaz de prevenir o HIV é o uso de preservativos em todas as relações sexuais. Tanto o preservativo masculino quanto o feminino estão disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde, e essa é uma forma simples e acessível de proteção.
Viver com HIV não é o fim
Desde os primeiros casos notificados na década de 1980, os avanços na medicina transformaram o HIV de uma sentença de morte para uma condição crônica, gerenciável. Ainda que não exista cura, com o tratamento adequado e cuidados diários, pessoas soropositivas podem viver muitos anos sem desenvolver AIDS, e o mais importante: sem perder a qualidade de vida.
Entender a diferença entre HIV e AIDS é fundamental para a conscientização e a redução do estigma. O HIV é o vírus que pode ou não evoluir para a AIDS, dependendo de vários fatores, principalmente o acesso ao tratamento. E, enquanto a cura definitiva não chega, a prevenção e a informação são nossas melhores armas.